O que é e como usar o Ethereum? Guia para iniciantes

Descubra o que é e como funciona o Ethereum (ETH), a segunda maior rede blockchain por valor de mercado e a maior plataforma para execução de contratos inteligentes e aplicações descentralizadas. O Ethereum é uma rede blockchain, cuja moeda ou token nativo é o Ether (ETH).

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A rede explodiu em popularidade e é atualmente a principal plataforma para tokenização de ativos, como a criação de stablecoins, e para execução de aplicativos descentralizados. Essa demanda por ETH para utilizar os serviços da blockchain, impulsionou o preço da criptomoeda, que foi um dos ativos com maior retorno nos últimos 8 anos.

História e origem no Ethereum

O Ethereum começou a ser projetado pelo programador russo-canadense Vitalik Buterin ainda em 2013. Vitalik trabalhou como redator no site Bitcoin Magazine em meados de 2011, onde ganhava 5 bitcoins por artigo, que na época tinham um preço muito baixo.

Vitalik, que desde cedo era considerado um tipo de gênio da programação, queria melhorar o Bitcoin, implementando funções que iriam além dos pagamentos. Para isso, a rede blockchain precisaria ter a capacidade de executar contratos inteligentes mais complexos. Foi então que Vitalik uniu forças para desenvolver o Ethereum.

O jovem programador recebeu ajuda de outros grandes nomes do mercado de criptomoedas, como Gavin Wood, engenheiro de software, Charles Hoskinson, programador e co-fundador da Cardano, Joseph Lubin, investidor dos EUA e Anthony Di Iorio, empresário canadense.

Em 2014, ocorreu a pré-venda do Ethereum, quando os tokens ETH foram vendidos em troca de Bitcoin (BTC). Os milhões de dólares arrecadados foram utilizados para financiar o desenvolvimento da rede e do ecossistema nos anos seguintes.

O Ethereum, então, só foi lançado no mercado em meados de 2015. Desde então, a rede cresceu exponencialmente em utilidade, serviços disponíveis e em valorização do token nativo.

Quem é Vitalik Buterin?

Vitalik Buterin é certamente uma das figuras mais conhecidas e polêmicas do mercado de criptomoedas. Buterin nasceu em Moscou, Rússia, em 1994, e se mudou com sua família para o Canadá quando tinha 6 anos de idade.

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Buterin relata que buscou por soluções descentralizadas quando, por volta de 2010, ele perdeu um ítem raro de sua conta no jogo World of Warcraft.

“Eu jogava World of Warcraft feliz da vida entre 2007 e 2010, mas um dia a Blizzard removeu o componente de dano do meu amado feitiço de Sifão de Vida do Bruxo. Eu chorei até dormir, e naquele dia eu percebi os horrores que serviços centralizados podem trazer. Logo decidi abandonar [o jogo]”.

Foi então que Vitalik descobriu o Bitcoin, que na época era apenas uma pequena rede de nicho, com alguns milhões em valor de mercado. Trabalhar como jornalista permitiu a Buterin aprofundar seu conhecimento sobre o funcionamento do Bitcoin e da tecnologia blockchain.

Vitalik abandonou a faculdade em Waterloo – Ontário, em 2014, para se dedicar ao desenvolvimento do Ethereum. Atualmente, Vitalik é uma referência na indústria blockchain e ativos digitais, graças ao desenvolvimento do Ethereum.

Como funciona o blockchain da Ethereum?

O Ethereum é uma rede blockchain que pode ser definida como um banco de dados descentralizado. Inicialmente, era bastante semelhante ao Bitcoin em vários aspectos, como na necessidade de mineradores para processar as transações, visto que ambas as redes eram baseadas no mecanismo de Prova de Trabalho (PoW).

No entanto, o Ethereum foi sendo implementado ao longo dos anos por meio de diversos hard forks. Diferente do Bitcoin, que permanece praticamente com a mesma base de funcionamento desde a sua criação.

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Este banco de dados descentralizado, além de permitir o registro de transações, também executa contratos inteligentes mais complexos. As aplicações do Ethereum são construídas sobre a linguagem de programação Solidity, que foi desenvolvida exclusivamente para a rede.

Blockchain de segunda geração

Alguns analistas definem o Ethereum como uma ‘blockchain de segunda geração’, visto que permite a execução de aplicações mais complexas, que não são possíveis, por exemplo, na camada base do Bitcoin.

Porém, cabe destacar que em redes como a Lightning Network também é possível realizar aplicações mais complexas.

Proof-of-Stake

O Ethereum, que inicialmente era baseado em PoW, migrou para o mecanismo de consenso chamado Proof of Stake (PoS), ou Prova de Participação, em 2022, abandonando completamente a mineração.

Os mineradores do Ethereum foram substituídos pelos stakers, que depositam ETH para obter a chance de validar os blocos da rede. Por meio do staking, é possível obter um tipo de ‘renda fixa’ em ETH.

Rede sem hierarquia

O Ethereum é uma rede descentralizada, sem autoridade central. A plataforma permite que qualquer indivíduo, empresa ou instituição utilize a blockchain e seus serviços disponíveis. Por isso, é possível utilizar a tecnologia blockchain em cassinos online. O Ethereum é um avanço em relação às soluções centralizadas existentes, sendo uma opção mais transparente e confiável.

Qual a diferença do Ethereum para o Bitcoin?

Por serem as duas maiores redes blockchain, o Ethereum e o Bitcoin são constantemente comparados. No entanto, o objetivo essencial destas redes é fundamentalmente diferente.

ethereum vs bitcoin

Enquanto o Bitcoin se concentra em ser um dinheiro seguro nativo da internet, o Ethereum é uma plataforma para criação de aplicações, por isso, já foi definido no passado como um tipo de “computador da internet”.

O ETH, token da plataforma, é utilizado para pagar as taxas de uso da blockchain, e é daí que surge a demanda pelo criptoativo. Quanto mais serviços forem utilizados no Ethereum, maior tenderá a ser o preço do token.

Lançamento

O Bitcoin foi lançado por Satoshi Nakamoto, em 3 de janeiro de 2009. Todas as moedas da rede surgiram por meio da mineração e foram dispersas por meio do mercado ao longo dos anos. Satoshi, que se estima ter minerado mais de 1 milhão de BTCs, nunca movimentou suas moedas.

Por sua vez, o Ethereum teve uma pré-mineração, em que os investidores e participantes iniciais puderam acumular muitos tokens, que foram parcialmente vendidos para financiar o desenvolvimento do protocolo.

Mentor

Satoshi Nakamoto é ainda anônimo, tendo desaparecido da internet em 2011. O projeto do Bitcoin foi, então, passado para a comunidade, e a rede se manteve descentralizada desde então.

O Ethereum, por outro lado, permanece com Vitalik Buterin como sua principal referência. Por passar por mudanças constantes, ainda há uma centralização no desenvolvimento da rede.

Intervalo médio entre cada bloco no blockchain

O Bitcoin é projetado para que os blocos da rede sejam minerados em média a cada 10 minutos. Por sua vez, as transações do Ethereum podem ser confirmadas entre 12 segundos a alguns minutos.

É importante destacar que o tempo de inclusão de uma transação no Bitcoin ou no Ethereum depende da taxa de transação definida. Uma transação com taxa baixa pode demorar semanas ou nunca ser processada, a depender do congestionamento das redes.

Quantidade de moedas em circulação e política monetária

Atualmente, cerca de 120 milhões de ETH estão em circulação. A emissão de novos ETHs está estimada atualmente em 0,5% ao ano. Esta estimativa ocorre, porque desde a implementação do EIP-1559, parte das taxas em ETH são queimadas (destruídas) ao longo do tempo, o que tende a tornar o criptoativo mais escasso.

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A política monetária do Ethereum é um assunto controverso, visto que ela mudou diversas vezes ao longo dos últimos anos.

O Bitcoin, por sua vez, possui uma oferta limitada a 21 milhões de unidades. A rede possui uma emissão estabelecida e previsível. Atualmente 6,25 BTC são emitidos a cada bloco.

Como fazer o staking com Eth?

Como explicado anteriormente, é possível ganhar um tipo de ‘renda fixa’ com o ETH, ajudando na validação da rede. Ser um staker individual é uma tarefa muito difícil, visto que exige conhecimento técnico e pelo menos 32 ETH para se tornar um validador.

A alternativa a esta opção é realizar o serviço de staking por meio de plataformas centralizadas, como a Coinbase, ou buscar por serviços DeFi descentralizados. É possível fazer o staking de ETH por meio do Lido Finance, por exemplo.

Já por meio do Lido, é possível realizar o staking do ETH sem a necessidade de possuir grandes quantidades do criptoativo, por exemplo.

Como guardar Ethereum com segurança?

O armazenamento de Ethereum é bastante semelhante ao de Bitcoin. Basta gerar e manter as chaves privadas com segurança e utilizar a chave pública para receber transações.

Carteiras frias

Carteiras frias são opções de armazenamento desconectadas da internet. Você pode, por exemplo, utilizar um celular ou computador antigo para gerar e manter as chaves privadas.

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Outra opção são as carteiras de hardware, que são dispositivos especializados no armazenamento de criptomoedas.

Carteiras quentes

As carteiras quentes são opções menos confiáveis, visto que permite que as chaves fiquem em um dispositivo conectado à internet. Por conta disso, não é recomendado armazenar grandes valores em criptomoedas em carteiras desse tipo.

Armazenando Ethereum na exchange

Outra opção muito comum para investidores que não desejam guardar suas próprias moedas é terceirizar a custódia.

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É possível deixar ETH depositado em corretoras ou mesmo em bancos e fundos de investimento. Dessa forma, você está confiando em um terceiro para guardar e gerenciar suas moedas.

Quais as próximas atualizações do Ethereum?

Os desenvolvedores do Ethereum estão trabalhando na atualização Cancun, que deve ser ativada no segundo semestre de 2023. A atualização visa, dentre outras coisas, melhorar a escalabilidade do protocolo, permitindo que mais usuários utilizem a rede.

Conclusão

O Ethereum é certamente um dos projetos mais fascinantes e completos do mercado de criptoativos. A blockchain é atualmente a escolha número um para implementação de diferentes serviços e produtos que compõem o ecossistema de criptomoedas. Conforme o Ethereum se desenvolve, a blockchain deve ganhar novos casos de uso e aplicações, que fortalecerão seu ecossistema.

Porém, de antemão, já se sabe que é perfeitamente possível jogar em cassino online utilizando esta moeda, de modo que recomendamos aproveitar para conhecê-la na prática, aproveitando o que a Bodog tem de melhor e isso não exclui o uso de criptomoedas em apostas esportivas, claro!

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